O vício no uso do celular em crianças pode trazer diversos malefícios para a saúde mental e social dela, e inclusive acarretar outros tipos de problemas para o futuro.
Nomofobia vem de “no-mobile-phone phobia” e significa medo de ficar sem celular. Isso fala de pessoas que não conseguem ficar offline e sentem a necessidade compulsória de checar notificações, redes sociais, entre outros. De fato, tem vício no uso do celular.
Já temos evidências de que os efeitos da dependência ao celular se assemelham aos de outros vícios, tanto no quesito comportamental, como também para as reações químicas do cérebro. E, assim como outros tipos de dependentes, os viciados em celular não conseguem mudar apesar das consequências negativas em sua mente, corpo e convivência social.
Para crianças e adolescentes, as consequências da nomofobia podem ser ainda piores, já que o cérebro deles ainda está em desenvolvimento. Quando adultos, pode acontecer de ficarem ainda mais dependentes de outros tipos de vícios.
O uso do celular de forma excessiva pode prejudicar a cognição. Quase mil estudantes foram testados em três situações: celular na mesa, na mochila e em outra sala de aula. A conclusão é que mesmo desligado, quanto mais perto o celular, menor o desempenho escolar do aluno, e também quanto maior a dependência, pior o desempenho escolar.
Um estudo com monitoramento em jovens entre 25 e 35 anos mostra que, com o celular perto, eles se sentiam divididos, mas, sem o celular, se sentem mais conectados. Por isso, é importante pensar desde cedo em algumas regras familiares e etiquetas sociais.
Aproximadamente um quarto das crianças e dos jovens apresentam uso problemático do celular com maiores chances de desenvolver depressão e ansiedade, além de problemas de sono. Utilizar o celular à noite é o pior cenário, pois o filtro de luz azul não é capaz de bloquear totalmente a estimulação de melanopsina, necessário para uma boa noite de sono. Há evidências também de que esta luz causa dores de cabeça e dores musculares.
O celular é essencial na sociedade de hoje e parece irrealista exigir que se viva sem ele. Também é uma ferramenta para nos comunicarmos, pedirmos ajuda em emergência, nos localizarmos e até termos momentos de lazer. Neste caso, o melhor caminho é usar com moderação. Acompanhe algumas sugestões para um uso mais saudável:
Muito provavelmente seus filhos precisarão da sua ajuda. É possível que precisem de acompanhamento psicológico e psiquiátrico, como em qualquer outro vício principalmente na nomofobia, por isso, a paciência e atenção são cruciais para este processo.
Adaptado de: Lunetas