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Depressão é fator de risco para doenças cardiovasculares

A afirmação vem do artigo Depression and Cardiovascular Disease in Women, do International Journal of Cardiovascular Sciences (IJCS), publicado na edição de julho/agosto do periódico.

O risco de doenças cardiovasculares em mulheres com um diagnóstico de depressão é entre 30% e 50% maior do que em homens. Estudos indicam que alterações hormonais como a menopausa, têm sido associadas com maior risco para o primeiro episódio depressivo. Além disso, a depressão em mulheres nesta fase foi associada a uma maior frequência de uma história de transtorno de humor.

O artigo fala que diagnosticar as duas doenças de forma isolada, pode fazer com que o prognóstico fique mais grave. Para mulheres com doenças cardiovasculares agudas ou crônicas, um rastreamento sistemático para depressão deve ser considerado como uma estratégia preventiva. Além disso, ensaios clínicos randomizados para investigar o impacto do tratamento da depressão nos desfechos cardiovasculares em homens e mulheres com DCV são urgentemente necessários.

De forma geral, a prevalência de depressão varia de 1% a 17% em diferentes regiões geográficas e sua incidência é 70% maior nas mulheres do que nos homens. Hoje, a doença afeta mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo e duas vezes mais o sexo feminino no intervalo entre a adolescência e à idade adulta. Além desse início precoce, a depressão na mulher tende a ser mais grave. As doenças cardiovasculares e a depressão são doenças crônicas que têm grande impacto sobre morbidade e mortalidade cardiovascular, com evidência de uma relação de mão dupla entre elas, portanto, a doença mental pode ser um preditor de DCV e o contrário também é possível.

Texto adaptado de: SBC